Além das Expectativas

Após o Projeto “Melhoria das Instalações de Portadores de Necessidades Especiais”

Sobre o Instituto :


O Instituto Santa Mônica é uma entidade filantrópica que foi fundada em outubro de 1970, na cidade de Itaúna, a 80 km a oeste de Belo Horizonte – MG. Este instituto ministra educação infantil, aulas de alfabetização e oferece gratuitamente vários tipos de fisioterapia para a melhoria da qualidade de vida de pessoas portadoras de necessidades especiais. Com a doação do Programa de “Assistência a Projetos Comunitários de Segurança Humana” (APC), em 2010, hoje a cobertura da quadra poliesportiva protege da chuva e do sol forte, tornando mais confortável a realização dos eventos e dos exercícios de reabilitação, que antes eram limitados às pequenas salas de aula nos dias chuvosos ou muito quentes, e os aparelhos para exames auditivos detectam precocemente qualquer deficiência e podem indicar tratamento, evitando que algumas crianças sofram perda de audição.

 

Em 10 de outubro de 2013, para o acompanhamento deste projeto, o Cônsul Mogi e o Sr. Sawada foram ao instituto, onde foram recebidos pela Sra. Eliane (presidenta do instituto), Sra. Georgia (vice presidente), Sra. Rosilane (diretora), Sra. Valéria (coordenadora), Sra. Flávia (fonoaudiologista), funcionários e amigos do Instituto Santa Mônica.

Primeiramente foram mostrados os equipamentos utilizados nos exames auditivos, que são realizados todas as semanas, na 3ª feira (pela manhã e à tarde) e na 5ª feira (pela manhã), sendo atendidos, em média, 100 pessoas por mês.
As pessoas têm motivos para virem até esta instituição, pois antes do projeto não havia local na região que realizasse os exames oferecidos, e por isso tendo recebido a ajuda do programa.  
O governo emite uma caderneta de saúde para os recém-nascidos, onde constam os exames que devem ser realizados e os resultados deles, tornando-se um breve histórico médico do bebê. O teste da orelhinha, como é mais conhecido, está incluído entre eles e é obrigatório em instituições públicas, mas não está disponível no hospital público da cidade pela ausência do aparelho, então as mães são aconselhadas a procurar o Instituto Santa Mônica para a realização dele.

O instituto possui convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde) e atende até 24 pessoas ao mês com preço quase 70% abaixo do exame particular. Por saber da procura pelo exame por mães com baixa renda familiar, o instituto está sempre tentando novos recursos com a prefeitura para beneficiar mais pessoas.  Por saber da importância do exame, cria panfletos e anuncia em redes sociais a realização dele no instituto.

   
       
   

Um exame simples, mas com muitos detalhes

Excepcionalmente, os representantes do Consulado puderam observar como se dá o exame, com a permissão da mãe que levou sua filha (com 20 dias de vida).


O exame, propriamente dito, dura apenas alguns segundos, é indolor e de muita importância, mas a Dra. Flávia não faz somente o exame; após explicar o processo, coleta dados tais como se a mãe fumou ou ingeriu bebida alcoólica durante a gestação, se há casos de deficiência auditiva na família, entre outros. O questionário utilizado foi elaborado no instituto.


A manutenção é realizada anualmente, quando é enviada à São Paulo para ser inspecionada, assegurando um exame de qualidade.


Mesmo que haja alguma anormalidade durante o exame, não se faz logo um diagnóstico, pois o resultado pode apresentar distorção caso seja realizado durante a amamentação ou se houver congestionamento nasal (neste caso, como não é possível um resultado preciso, aconselha-se retornar outro dia para realizar o exame).


Felizmente este bebê não apresentou nenhum problema. Ao final, a Dra. Flávia aconselhou a mãe a fazer novamente o exame quando a criança completasse 4 anos.

 

   
       
   

Um espaço para praticar mais do que exercícios físicos


Depois seguiram para a quadra poliesportiva onde, realizam-se as atividades físicas, atividades variadas com as mães e eventos que tem como objetivo aproximar os alunos do instituto com a comunidade local.  No telhado instalado, encontra-se a marca que representa o apoio do Japão, que esperamos que fique guardado nos corações daqueles a quem o projeto alcançou.

O que também impressionou e emocionou nossos representantes foi que nesses poucos anos, foram instaladas a rampa (que dá acessibilidade à quadra) e a arquibancada.   Para melhor uso, para melhor acolher e para melhor conveniência daqueles que frequentam ou visitam o instituto, foi transformado em um lugar melhor. Assim, nota-se que ali as pessoas estavam não somente utilizando-o, mas sim o fazendo com cuidado e carinho.

 

 

 

 
       
   

Atraindo novos apoios com o apoio recebido


Além do que já foi citado, foi também instalada a iluminação para que seja possível realizar atividades físicas à noite. Quando questionaram sobre a necessidade de realizar eventos à noite, foram respondidos que, no caso das famílias que trabalham durante o dia e não podem participar nos eventos diurnos, tornou-se possível aproveitarem a noite juntos. Atualmente tem sido utilizada no período das festas juninas, no encontro de pais e nos jogos esportivos.


No momento, foi aprovada uma verba com a qual será realizada a aquisição de equipamentos adaptados e foi iniciado o processo de arrecadação de fundos para a construção do vestiário com banheiros para a quadra. Assim, deixará de ser um local somente dos usuários do instituto, para se tornar um local de eventos variados para toda a região.


Assim, tomando o Programa de “Assistência a Projetos Comunitários de Segurança Humana” (APC) como exemplo, aumentando a amplitude de seu uso e começando a receber auxílio da comunidade local, o Instituto Santa Mônica começou a mostrar a sua importância e atrair mais a atenção.

 

 

 

 

 

 

 

 

   

A perspectiva do instituto daqui para frente

Finalizando, apesar de não tem nenhuma relação com o programa , vamos apresentar mais um pouco do trabalho deles, que tem cerca de 100 funcionários e 400 usuários, cuja faixa etária varia entre bebês e adultos com média de 60 anos.

No instituto, não só cuidam de portadores de deficiências, como os preparam para interagir com a sociedade, fazendo-os criar com as próprias mãos, como por exemplo, no quintal criam vários tipos de vegetais e dentro do instituto criam produtos com papel artesanal (cadernos, blocos, envelopes), cuja matéria prima é o saco de papel do concreto em pó, que se torna argiloso misturando-se produtos como água, e são coloridos e processados. É admirável como conseguem captar estes materiais e utilizá-los como material de ensino, além de introduzir o uso da reciclagem. Também produzem produtos alimentícios, como o sorvete que os nossos representantes viram neste dia.

Nota-se que cada vez mais o instituto busca melhorar, visando as necessidades dos usuários. Para o ano que vem, é esperado um aumento no auxílio da prefeitura.

Ficamos contentes por ver como o instituto progrediu,  para o bom uso de cada vez mais usuários. Continuaremos acompanhando e desejamos sinceramente que nunca falte apoio a este instituto que está sempre buscando melhorar para atender as expectativas de todos.            

 

Produção de papel artesanal
       
       
Produção de sorvete